segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Alucinação


Estarei eu a alucinar?
Quando vejo a mandar
No País que tanto adoro
Gente de tal indecoro
Que me faz envergonhar
E me obriga a perguntar


Estarei eu alucinado?
Acho que estou acordado
Belisquei-me e doeu
Mas porque é que Deus me deu
Desta forma tão má sorte
A ser assim quero a morte.


Deve ser alucinação!
Tanta gente sem ter pão
A banca sempre a crescer
Os mesmos a enriquecer
A saúde no soalho
Cada vez menos trabalho


Estou mesmo a alucinar!
O Estado a esbanjar
Os impostos a doer
O povo a endoidecer
Sempre os mesmos a pagar
-Tenho é que me tratar!.





2 comentários:

Anônimo disse...

Tens duas coisitas no "Ó mar..." e no "Coragem".

Anônimo disse...

Ah! Entretanto, devo dizer-te que aprecio os teus escritos. Tanto na forma, como nos conteúdos. Sei que não é fácil poetizar um sentimento... Um grito...
Na necessidade de rimar, por vezes, perde-se a linha recta do caminho: temos que contornar obstáculos e a experiência lida conta sobremaneira.
Claro, que não nos podemos esquecer do trabalho, dos papéis rasgados e da dita inspiração.
O "jeito" para escrever é só para alguns, é claro! Mas há muitos poetas que nem sabem assinar.
E existem muitos poemas que podemos encontrar, na vida de pessoas aparentemente insignificantes.
A minha mãe nunca escreveu, mas é um verdadeiro poema, assim como, toda a sua filosofia de vida. Tenho a sorte de a ter podido ler durante 48 anos. E espero poder ler ainda muitas mais páginas.
Um abraço amigo.