sexta-feira, 7 de setembro de 2007

O actor.


Entra em cena e dá de si
o que lá por dentro sente
Tanto chora como ri
como goza com a gente.

Num faz de conta incessante
recria a postura de alguém
faz reviver o instante
relembra o mal e o bem.

O calor dos holofotes
não esmorece a paixão
com que defende os motes
que decorou do guião.

O palco é a sua vida
o público o alimento
o aplauso no final
dá-lhe a força e o alento.

Quando despe o personagem
vai p'ra casa descansar
mas leva já na bagagem
outro texto a decorar.

Todos nós representamos
o papel que nos convém
Quando menos esperamos
vivemos a vida de alguém.



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