quinta-feira, 24 de julho de 2008

Conversas



Falo muito co’as árvores,
converso com rios e ribeiros,
confesso os meus temores
utópicos e verdadeiros.

Conto segredos ao mar,
barafusto com os rochedos,
peço para me aconselhar,
p’ra me livrarem dos medos.

Ouço músicas que o vento
me trás de outras paragens
e ao som delas eu invento
as minhas próprias viagens.

Escrevo poemas na areia,
danço com a preia-mar,
depois aproveito a boleia
e navego p’ra me mimar.

Não me importa o que pensa
quem me vê falar sozinho,
tenho sempre a recompensa
- ouvem-me e dão-me colinho.




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