quarta-feira, 23 de julho de 2008

Poemas perdidos


Mal aprendi a escrever
comecei a rabiscar
pensamentos e a sorver
um mundo a despontar.

Em pedaços de papel…
Qualquer coisa me servia.
Comandava o meu batel,
com a força da alquimia.

Dava azo à utopia,
qual quimera afortunada,
fazia a apologia
da partilha abençoada.

Rimas vindas cá de dentro
feitas para as minhas divas,
no meu próprio epicentro,
conjugações positivas.

Imaginava canções,
inventando sóis e mares,
repartia emoções
com formas peculiares.

Quem me dera reaver
os poemas que perdi,
gostava de poder ler
coisas velhas que escrevi.

Por vezes deitamos fora
pedaços da nossa vida,
conteúdos que agora
não têm volta, só ida.



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