sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Oxalá


Ténue e frágil é a voz
que embora adocicada
está cansada e sem brilho
de tanto pó da estrada
de afazeres de andarilho

No meio da tempestade
A caminhada foi dura
e o acaso traiçoeiro
abrigou-me a noite escura
fui eu proprio o conselheiro

Mesmo co'a voz inconstante
bem diferente da doutrora
dedico-te este poema
perdoa-me pela demora
e desculpa o lexema

Trago-te a todo o instante
comigo no pensamento
penso em ti com tal carinho
que acredito no momento
de te encontrar no caminho

Mas se não acontecer
por ter de ser, oxalá
quando a missão for cumprida
e não te encontre por cá
que te encontre noutra vida.




4 comentários:

Anônimo disse...

O negro que as veias me trespassa,
afoga pensamentos; o coração.
É a minha forma, é a desgraça
não é um sim, mas sim um não.

É um nascer para morrer,
é um quadro tosco, pintado.
Viver é sempre sofrer,
é barco em água, gelado...

Anônimo disse...

Quando encontrares quem,
que pr'a ti cante,
dance e encante.

Quando sentires que,
teu coração pare,
sofra e sare.

Quando desejares ainda,
que o momento não morra,
que teu sangue não abrande,
mas corra.

Quando finalmente acontecer,
que nossas vidas paralelas
sejam mais que belas.

Então,
não haverá força no Universo
capaz de separar um simples verso.

Anônimo disse...

Muito mais que o corpo,
muito mais que o olhar,
muito mais que o sentir
do prazer de te tocar.

Muito mais que a tristeza
de te ver de mim partir,
muito mais que o prazer
de te ver pr'a mim sorrir.

Muito mais que o sofrer,
de te ver assim chorar.
De angústia ou de prazer,
ou do teu céu me abraçar.

O encontro dos teus olhos
no meu coração carmim,
faz eco no universo:
É belo como o marfim!

Mas que chama é que irradias
desse teu formoso peito,
que queima milhões de dias,
que é doce como o meu leito?

Quando a pérola d'água
desliza pelo teu rosto,
penso que não é de mágua,
penso que não é por desgosto.

Quer percorrer o caminho,
mais curto da emoção.
entre o amor e o carinho,
entre a alma e o coração.

Tua face de veludo assim feita,
arrepia os lábios de alguém.
Pescoço que tão bem se ajeita,
nos braços de quem te quer bem.

Por um segundo assim te vi.
Tão bela, mais que perfeita!
Que o meu coração sorri,
quando sonha, quando se deita!

Luís G. T. Silva disse...

És poeta sim senhor
escreves muitíssimo bem
fazes rimas com amor
um grande abraço, Belém.