sábado, 2 de agosto de 2008

Fado do desencontro


Quando mais preciso dele
mais o sinto afastado
quanto mais o amor me impele
mais me sinto descartado

Anda sempre em contra-mão,
Acho que não dá por mim
Ou é falta de atenção
Ou então é mesmo assim

Ela vive outra cadência,
faz o que lhe dá na gana
indiferente à carência
por vezes é desumana

Ignora o que eu sinto,
Sinto-me posto de lado
Não vê que ando faminto
Triste e inconsolado

Desce se vou a subir
sobe quando vou descer
não consigo descobrir
maneira de a convencer

Tenho esperança que um dia
Finalmente veja em mim
O seu porto e companhia
e embeleze o meu jardim.




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