quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Roda da vida


…fui chuva forte, pé d’água,
sou por do sol transcendente,
vou e volto com a lua,
ás vezes sou capicua
com loucura permanente.

Já fui homem, sou criança,
pela manhã corro o mundo,
de tarde agarro a esperança,
à noite só penso em vingança,
o ódio é mais que profundo.

E não fora a madrugada
já teria estoirado,
durmo sobre a caminhada,
descanso enquanto a minha fada
me alivia o costado.

Acordo na relva viçosa
do colo do seu jardim,
delicada a mariposa
sobrevoa bem charmosa
o seu rosto de setim.

O que vier… se verá,
cá estarei de peito aberto,
aqui, ali e acolá
o coração sabe ao certo
se a atitude é boa ou má.



Nenhum comentário: