sexta-feira, 15 de agosto de 2008

O ignorante



O ignorante
é irritante…
até dá dó.
Tem de estar só
senão chateia
e volta e meia
trás dissabores,
com os seus valores.
Ainda por cima
despreza a rima.
Sabe tudo
e amiúdo
troça da gente.
Incoerente
torna o instante
angustiante.
Vazio de tudo
o cascudo
adora álcool
e futebol,
e o seu mundo
não é rotundo,
é quadrado.
Inusitado
não liga a flores,
detesta as cores
dos seus rivais.
Não lê jornais
mas é feliz,
por isso fiz
este poema.
O problema
é que assim fico
com o fanico
de não saber,
a bendizer,
se vale a pena
ligar a antena
e estar atento
ao turbulento
quotidiano
do mundo insano
em que vivemos.
… Oremos!



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