quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Se houver lugar...

Se houver
lugar a paixão,
que aconteça
numa cachoeira
rendilhada
de espuma
com cristais
a cintilar
e as asas
do sonho
sobrevoem
o inesperado
com a vontade
febril
da última
oportunidade.

Se houver
lugar à loucura,
que seja doce
multicolor
ao som
dum oboé
com o sol
por companhia
e nasça
o mais lindo
poema
que exalte
o amor
com garra
e sapiência.

Se houver
lugar a engano,
que seja
aceite
sem trauma.
As certezas
não existem.
A mágoa
é passageira.
A dor só dura
algum tempo.
A bonança
encarrega-se
de pôr as coisas
em ordem.




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